Granma – Terra Sen Amos
“A paz será a vitória de todos na Colômbia mas também do nosso continente”. A sentenza de Raul Castro encerrou a cerimônia da assinatura dos acordos sobre cessar-fogo e das hostilidades, com entrega de armas e garantias entre Governo da Colômbia e as FARC-EP, no cenário das conversas de paz desde 2012, Havana, até 23 de junho de 2016. “A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e do Caribe (CELAC) -acrecentou presidente de Cuba- tem, em sua jovem história, o grande marco da proclamação desta região como uma Zona de Paz. Fim do conflito armado na Colômbia será uma nova demonstração do compromisso dos nossos povos contra o uso e ameaça da força e de solução pacífica de controvérsias. Perante diferenças, diálogo; perante desafios, cooperação”.
Raul lembrou que dezanove de novembro de 2012, começara seu trabalho em Havana a Mesa das Conversações entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo. e não foram poucos quen naqueles dias previram o fracasso, tal como já tinha acontecido na Colômbia com processos de paz denanteriores. No entanto, os acordos anunciados pela Mesa, aproximam como nunca antes fim do conflito armado que há mais de cinco décadas tem sofrido o povo de Colômbia. “Decisão das partes de assinar compromisso de cessar-fogo e das hostilidades bilateral e definitivo, a entrega das armas e garantias de segurança, representa um passo inovador e decisivo. O processo de paz é irreversível”.
Na opinião do anfitrião cubano, “a paz será a vitória de todos na Colômbia; mas também do nosso continente. A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e do Caribe (CELAC) tem, em sua jovem história, o grande marco da proclamação desta região como uma Zona de Paz. O fim do conflito armado na Colômbia será uma nova demonstração do compromisso dos nossos povos contra o uso, e ameaça de uso, da força e de solução pacífica de controvérsias. Perante as diferenças, o diálogo. Perante os desafios, a cooperação. Alcançar a paz na Colômbia também será a esperança para milhões de pessoas em todo o mundo, cuja principal preocupação continua a ser a sobrevivência em um mundo convulsionado pela violência e as guerras. A paz não é uma utopia. É um direito legítimo de cada pessoa e de todos os povos. É uma condição fundamental para o gozo de todos os direitos humanos, em particular o direito supremo à vida”.
No remate do seu discurso, o presidente dixo “O compromisso do povo e do governo cubanos com a paz da Colômbia tem sido e será permanente, fiel ao legado de José Martí de que Pátria é humanidade. Na súa qualidade de fiador e anfitrião dessas conversações, Cuba continuará fornecendo os meios necessários e contribuindo de todas as formas possíveis para acabar com o conflito, com modéstia, discrição e profundo respeito pelas posições dos dois lados. Deixe-me terminar felicitando o governo da Colômbia e as FARC-EP. Ambos lados têm trabalhado incansavelmente, com seriedade e compromisso, para alcançar os avanços cruciais anunciados hoje. Há ainda importantes e difíceis questões pendentes nas negociações, mas somos otimistas. Estamos mais convencidos do que nunca de o futuro da Colômbia ser a paz”.