Latinoamérica pode repetir o seu condanado papel histórico de fornecedora de materias o que compromete a opción dun desenvolvemento industrial a longo prazo. Eis o que parecen anunciar as negociacións en curso entre a Unión Europea e o Mercosur, comezadas hai 18 anos, atrabancadas durante os gobernos de Kirchner e Lula e inzadas polo monetarista Macri na Arxentina e o golpista Temer no Brasil. O principal atranco son as exportacións agropecuarias, noameadamente as de carne. A UE aceita receber 99 mil toneladas de carne do Mercosur o que vai representar só o 1% do consumo europeo.
Lendo nos anos mozos Os negocios do señor Xullo César, de Bertolt Brecht, chamoume a atención, e lembro ben, mália os anos, como a economía, por mor do mercado e do prezo do trigo, gobernaba a política de Roma. Probas temos abondas de cómo os mercadores de Roma levaban as rendas do goberno, mais quen diria que até no Chile actual, onde non hai a menor posibilidade de un proxecto ante-imperialista gañar o poder executivo, mandasen tamén os amos do mercado.
Granma No seu discurso na 70ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, 28 de setembro, o presidente de Cuba Raúl Castro reiterou que para falar de laços normais com EUA devem acabar o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto por Washington há mais de meio século; se materializar a devolução do território de Guantánamo ocupado pela Base Naval; e ter fim a subversão contra Cuba, que inclui transmissões ilegais de rádio e televisão. “Após 56 anos de resistência heróica e abnegada de nosso povo, foram restabelecidas as relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos e inicia-se, agora, um longo e complexo processo para a normalização das relações -dixo Raúl- que será alcançado quando finalmente chegar o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro; seja devolvido a Cuba o território ilegalmente ocupado pela Base Naval de Guantánamo; acabem as transmissões de rádio e televisão e os programas de subversão e desestabilização contra Cuba, e nosso povo seja compensado pelos danos humanos e econômicos que ainda sofre. Enquanto persistir, continuaremos apresentando o projeto de resolução intitulado “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba. Aos 188 governos e povos que apoiaram aqui e em vários fóruns internacionais e regionais nossa justa demanda, reitero a gratidão eterna do povo cubano e do governo por seu apoio contínuo”.